domingo, 30 de outubro de 2011




A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente. Brincando, a criança desenvolve os sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, reconhece objetos e suas características, textura, forma tamanho, cor e som. Brincando, a criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a auto-estima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa.

Mara Oliveira Campos

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A RECREAÇÃO



A recreação e seus objetivos no âmbito escolar


"A educação é de suma importância nos primeiros anos de escolaridade. É neste período que a criança forma hábitos, atitudes, valores e esquemas de raciocínio que vão traçar as linhas de sua personalidade. Suas formas de defesa, de adaptação, ajustamento, linguagem e reação frente às dificuldades que se estabelecem é que se fixam padrões de comportamento próprios a cada indivíduo.
  À escola cabe, como instituição responsável pela educação formal, cumprir a função social de possibilitar ao aluno o exercício das relações humanas que não estão ao alcance, pois é no exercício dessas relações que a aprendizagem se realiza.
  Tudo o que for trabalhado com a criança deverá ser realizado de maneira clara e prática, onde o aluno conseguirá assimilar os conhecimentos repassados a ele com objetividade. Pois, para as crianças, ao ingressarem na escola, o conhecimento é um conceito abstrato, então este deve ser construído pelo próprio indivíduo, através do crescimento, construção e acomodação de seus esquemas de raciocínio, resultantes de experiências de sua mente, quando em tentativa de resolver desafios.
No que diz a respeito em relação à recreação no âmbito escolar, Waichman (1997) afirma: “A recreação manifesta-se em instituições, num modelo organizativo [...] que implicam a formulação de objetivos educativos e uma determinada continuidade temporal, tem como critério fundamental de trabalho a busca do desenvolvimento da participação efetiva, consciente e comprometida, mediante organizações autogestoras (autocondicionamento). A recreação utiliza-se do “tempo liberado de” e conduz a geração do “tempo livre para”, pretendendo conceber aprendizagens para não apenas consumir o tempo livre, mas fazer uso positivo e criativo desse tempo.( Waichman,1997, p. 130/131)"

(Prof. Esp. Érica Monteiro)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011





A ponta multicor
para colorir de fantasias,
as coisas do  seu mundo.
Perfeitamente apontada,
 aponta para o  futuro?
Não importa,
criança feliz!
Apenas
risca e rabisca,
as coisas do seu sonho,
cria e recria 
os sonhos e  as fantasias.
(para Carla Fernanda)
Carlos Rosa

Distúrbios na Escola



DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM, FALA E PSICOMOTOR
DISLEXIA - É uma síndrome caracterizada por um severo distúrbio de aprendizagem queatua diretamente na escrita e na leitura acompanhada, ocasionalmente de distúrbios psicomotores, intelectivos, emocionais, que levam a criança a um baixo rendimento escolar. Tais comprometimentos ocorrem por conta de uma disfunção cerebral mínima.
DISORTOGRAFIA - É um transtorno da escrita caracterizado pelo uso incorreto dos grafemas da língua e da manutenção da individualidade das palavras.
DISGRAFIA - É um distúrbio que se apresenta por dificuldades no controle de movimentos para a escrita. Classificamos disgrafia dentro de distúrbio psicomotor, por sercoordenação de um sistema de movimentos que determinam, comandam e dominam os atos motores, incluindo a escrita.
- algumas causas:
- distúrbios psicomotores;
- dominância manual contrariada;
- problemas emocionais;
- portadores de disfunção cerebral mínima;
- falhas de ordem pedagógica, caracterizadas pelo desconhecimento do movimento da letra;
- falhas na estruturação do esquema corporal.
DISLALIA – É um transtorno da articulação caracterizado por trocas, omissões, distorções, acréscimos e inversões de fonemas. Estas alterações têm caráter contínuo e sistematizado, produzindo-se todas as vezes em que o indivíduo pronuncia o fonema alterado.
DISFEMIA - é o termo pelo qual designamos as interrupções que se processam na fala. É causada pelas dificuldades do indivíduo em coordenar o pensamento com os meios para traduzi-lo.
DISASTRIA – É a alteração da fala devido a transtorno do tônus e do movimento dos músculos da formação, respiração, articulação ressonância , em conseqüência de lesões de zonas do sistema nervoso responsável pelo comando destes mecanismos.
( Fonte: Distúrbios Fonoaudiológicos no Pré-escolar, Carlos Mattos e Regina Barbalho Drummond).

domingo, 29 de maio de 2011











PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO:
REVISANDO CONCEITOS PARA MUDAR CONCEPÇÕES E PRÁTICAS


Maria Adelia Teixeira Baffi
Petrópolis, 2002.

Pedagoga - PUC-RJ.
Mestre em Educação - UFRJ
Doutoranda em Pedagogia Social - UNED
Profª Titular - FE/UCP


O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre estamos enfrentando situações que necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não estão inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para alcançar o que desejamos.
As idéias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos. Assim sendo, o objetivo deste texto é procurar explicitar o significado básico de termos, tais como planejamento, plano, programa, projeto, plano estratégico plano operacional, e outros, visando a dar espaço para que o leitor possa estabelecer as relações entre eles, a partir de experiências pessoais e profissionais. Cabe ressaltar que, neste breve texto, não se pretende abordar todos os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin (2001, p. 83),


é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a propor ações e atitudes para transformá-la.






PLANEJAMENTO É


1. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).


2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (idem, 2001, p. 63). Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.


3. Planejamento Educacional é "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14).
Para Vasconcellos (1995, p. 53), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e municipal", incorporando as políticas educacionais.


4. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).


5. Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos (PADILHA, 2001, p. 33). Na opinião de Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem".


6. Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992, p. 221).

7. Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", "para quem" e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de eficácia; serve para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994, p. 55).


8. No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", tratando prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica, os instrumentos, centralizando-se na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua expressão nos programas e, mais especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de administradores, onde a ênfase é o presente, momento de execução para solucionar problemas (idem.).


PLANO É


1. Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder as questões indicadas acima.
O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar" (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36). Plano tem a conotação de produto do planejamento.
Plano é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.).


2. Plano Nacional de Educação é "onde se reflete toda a política educacional de um povo, inserido no contexto histórico, que é desenvolvida a longo, médio ou curto prazo" (MEEGOLLA; SANT'ANNA, 1993, p. 48).

3. Plano Escolar é onde são registrados os resultados do planejamento da educação escolar. "É o documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos" (LIBÂNEO, 1993, p. 225).


4. Plano de Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas em uma instituição educacional, durante o período de duração de um curso. Segundo Vasconcellos (1995, p. 117), esse tipo de plano é a "sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade".


5. Plano de Ensino "é o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade". Situa-se no nível bem mais específico e concreto em relação aos outros planos, pois define e operacionaliza toda a ação escolar existente no plano curricular da escola. (SANT'ANNA, 1993, p. 49).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire